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Investimentos

01 de Junho de 2023 as 15:06:22



LOJAS RENNER Resultado 1º Trimestre/2023 Negativo e Vendas Fracas


 
LOJAS RENNER 
Resultado 1º Trimestre/2023
Negativo; Vendas Fracas e Rentabilidade Pressionada
 
Georgia Jorge, CNPI-P
 
A Lojas Renner reportou resultados fracos no 1T23. O cenário menos propenso ao consumo de vestuário, diante da inflação acumulada, menor concessão de crédito e temperaturas mais altas na entrada da coleção outono/inverno combinado com a decisão da companhia em reduzir o estoque em peças de transição, implicaram em menores vendas no período, com perda de alavancagem operacional.
 
Somado a isso, o negócio de Produtos e Serviços Financeiros segue com resultados ruins, reportando prejuízo pelo 2º trimestre consecutivo.
 
Desempenho das Ações. 
 
Os papéis LREN3 acumulam queda de 28,1% desde o início do ano, desempenho bastante inferior ao do Ibovespa no mesmo período (-7,2%), com os elevadores precificado essa elevada pressão sobre as vendas e sobre a rentabilidade, além da percepção de que esse cenário deve perdurar por mais alguns meses.
 
Em nossa visão, a Lojas Renner tem condições para enfrentar esse período mais turbulento, dada a correção de rota na estratégia de transições de coleções e de preços, a posição confortável de caixa e a escala da companhia. Nesse sentido, mantemos nossa recomendação de Compra e preço-alvo para o final de 2023 em R$ 26,00.
 
Desempenho econômico-financeiro
 
> Venda de Mercadorias.
 
A receita líquida atingiu R$ 2,3 bilhões, crescimento de 2,2% a/a e -7,8% r/e. O negócio que apresentou maior aumento das vendas foi a Youcom (+8,5% a/a), seguindo pela Renner (+3,1% a/a), enquanto a Camicado teve retração de receita em 14,6%. As vendas mesmas lojas vieram em 0,8%, desempenho que consideramos fraco mesmo em um cenário mais lento para o consumo de vestuário.
 
A margem bruta da operação de varejo mostrou uma queda de 0,9 p.p. a/a (-0,9 p.p. r/e), em função da maior necessidade de remarcação de preços após um movimento menor de vendas no trimestre anterior. 
 
A margem EBITDA Ajustada, por sua vez, teve queda mais acentuada na comparação anual (-1,9 p.p. a/a e r/e), prejudicada pela menor alavancagem operacional e pelas despesas atreladas ao novo CD de Cabreúva (em ramp up), o que elevou as despesas com vendas, gerais e administrativas em 2,7 p.p. a/a enquanto percentual da receita líquida do período.
 
> Produtos e Serviços Financeiros (PSF)
 
A receita líquida veio em R$ 469 milhões, alta de 27,9% a/a e em linha com as nossas estimativas (+0,3% r/e), acompanhando o crescimento da carteira de crédito no período (+25,1% a/a). 
 
Apesar do aumento da receita, as perdas em crédito tiveram um crescimento bastante superior ao da receita (+107,1% a/a), o que implicou na piora do resultado de serviços financeiros, que reportou prejuízo de R$ 10,3 milhões, ante um lucro de R$ 85,2 milhões no 1T22.
 
> Consolidado. 
 
Considerando ambos os negócios, a receita líquida total somou R$ 2,8 bilhões, crescimento de 6,2% a/a e 6,0% abaixo das nossas estimativas. 
 
Já a margem bruta consolidada manteve-se praticamente estável na comparação anual, com alta de 0,3 p.p. a/a e r/e, vindo em 61,3%, enquanto a margem EBITDA Ajustada atingiu 9,1%, queda de 5,6 p.p. a/a e 3,4 p.p. inferior r/e. Essa queda de margem operacional refletiu também na margem líquida, que caiu 5,6 p.p. a/a, apesar de ter vindo alinhado às nossas projeções (+0,3 p.p. r/e), em 1,7%. 
 
Em relação à alavancagem financeira da companhia, pontuamos que a Lojas Renner segue em uma situação confortável de caixa líquido equivalente a 0,16x o EBITDA Ajustado dos últimos 12 meses, ante 0,95x no 1T22. 
 
No trimestre, houve geração de caixa com atividades operacionais de R$ 108,5 milhões e um consumo de R$ R$ 92,4 milhões em atividades de investimento, o que permitiu um fluxo de caixa livre positivo de R$ 16,1 milhões, ante um consumo de R$ 90,3 milhões no 1T22. 
 
Em relação aos investimentos, observamos que o Capex do trimestre somou R$ 81,4 milhões, o que corresponde a 2,9% da receita líquida do período, ante 4,1% no 1T22. Os recursos foram distribuídos entre abertura (~21%) e reforma de lojas (~30%), TI (~45%) e outros projetos (~4%).
 
Confira no anexo a íntegra do relatório a respeito, elaborado por 
Georgia Jorge, CNPI-P, analista do BB Investimentos

Clique aqui para acessar o aquivo PDF

Fonte: GEORGIA JORGE, analista senior do BB INVESTIMENTOS





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